domingo, 17 de maio de 2020

Meros Vírus

14 de abril de 2020

Acordei de noite resmungando pelo meu pequeno incômodo, com uma janela ou porta batendo. Fechei as portas e janela do quarto ao lado. Subi as escadas, para fechar a porta de fora da sacada da suíte. Quando adentrei na sacada, dei de cara para eles quatro, escancarados. Tomei um grande choque da Mãe Natureza. Estavam bem alinhados e nítidos como quatros faróis de trem vindo na minha direção: Júpiter, Saturno e Marte. Meia-Lua logo acima. No meio do meu resmungo fui impelido a me calar e simplesmente contemplar a Mãe Natureza. Foi um sentimento forte de pertencimento a tudo Isso, mas também uma insignificância literal, como se fosse um súbito arquivamento meu como poeira cósmica, por deferimento da Mãe Natureza. Uma constatação de que somos meros vírus aos olhos da Mãe Natureza.

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